Capítulo 23
Lucie se dirigiu ao Russian Tea House em Manhattan, NY, onde tinha recebido
instruções de que se encontraria com um dos responsáveis
pela missão. Ela se surpreendeu com o requinte do local.
- ...hummm nada mal hein, só quero ver a bomba que se esconde por
trás disso porquê aqueles manés do governo não
iam me alegrar por tão pouco... Wowowow!!!!!!!!!!!!!! Lugarzinho
chiquérrimo hein... ô louco... com certeza é um trabalho
relacionado aos figurões do governo... - ela pensava enquanto se
dirigia a mesa onde o bilhete dizia que iria estar esperando o contato.
- Abóbora com gergelim... - Um homem a beira dos cinqüenta
anos, mas extremamente em forma fazia seu pedido. Lucie o identificou
como sendo o seu contato.
- Desculpe senhor mas isso não é parte do nosso cardápio...
- ela interveio - Pode deixar que eu escolho por ele, por favor ovos mexidos
com bacon para ele e para mim... um suco de laranja! - Lucie sorriu até
que a moça não pudesse mais escuta-los.
- Khaos Sharky...? - O homem perguntou
- Exato, eu mesma, por favor vamos direto ao assunto? Eu detesto
demorar no café da manhã... e a propósito como posso
chama-lo de senhor?
- Humm? - o velho procurou desviar o olhar de dentro da camisa da
jovem- pode Ah sim!!!!! A senhorita pode me chamar de general, os oficiais
do alto escalão do governo não podem saber desse nosso encontro,
os únicos a saberem disso por enquanto sou eu você e o senhor
presidente.
- Tá certo, mas escuta, ...general certo? Qual é o
lance? vocês querem que eu invada o sistema operacional de Israel,
ou coisa do tipo? Isso eu posso fazer lá de casa mesmo viu... tipo
eu tô meio dura de grana mas com o dinheiro da aposentadoria
do meu pai dá para aguentar e adequar sempre que eu preciso o meu
bixão virtual!
O general riu e disse
- Não, não é nada disso pelo menos em principio, a
senhorita embarca hj a noite e pela manhã deverá estar chegando
a esse endereço.
- Ok então, tem algum dossiê ou sei lá como vcs falam
nesse ramo aê... uma referencia? É isso! Uma referencia para
eu saber onde eu estou me metendo? - Lucie ria meio nervosa imaginando
o buraco onde ela estaria se mentendo a partir daqueleinstante.
- Está aqui. - o general disse dando um mini cd e um laptop - ...esse
laptop será a sua arma!
- Pelo amor de Deus o senhor não está insinuando que
isso tá conectado a liberação de uma arma biológica
tá? - Lucie disse apavorada com tamanha responsabilidade e perigo
em suas mãos
- Não você pode ficar tranquila, hehe a sua parte não
inclui isso... por enqunato – ele riu quando percebeu que ela se assustou
- esse aqui será o nosso meio de comunicação e seu
instrumento de trabalho, o resto você ficará sabendo quando
ler os arquivos no computador e quandp encontrar a minha equipe...
- Ok então! Prazer em conhecer o senhor, general! Eu vou indo...
- Lucie se levantou apressadamente louca para ver o que continha aquele
cedezinho.
- Mas... e o seu suco? - O velho perguntou sem entender nada.
- O governo vai pagar não é? Então tchau!!!!!! - Lucie
ironizou e saiu as pressas da casa de chá de volta ao hotel.
´Bom, deixa eu abrir esse laptop que deve ser top de linha...
Caramba mano isso é aqui é do caramba e que show um telefone
celular de alta potencia para usar como base para conexão a internet
e intranets ilegais, eu vou zoar o barraco com
aquele loirinho da Flórida! Mas antes deixa eu tomar um banho,
recolher as minhas coisas e já ir para o aeroporto – Lucie tratou
de tirar aquela saia horrível! E foi desabotoando a camisa até
o box onde entrou e enquanto tomava banho foi se
lembrando da vida que deixou para trás após ter se
refugiado em outro país tendo sua vida 'apagada', não que
ela não gostasse de sua nova vida, mas a saudade dos dias em que
seus pai não sabia dos atos sujos de sua filha no cybermundo.
- Bom, vamos esquecer ok? Afinal eles estão bem e eu também! Ah eu queria sair de casa e consegui pronto e acabou! – ela sorriu e terminou seu banho, vestindo uma calça jeans preta, um top verde musgo bem decotado e um blazer de couro cor whisky.
- Hora de viajar e encontrar essa tal de... Milky? E isso lá é nome de gente? Deve ser no mínimo uma baixinha, gordinha e com cara de coalho....Que que é ísso... ah deixa eu ver isso – Lucie pegou o computador conectou-o ao celular e inseriu o cd. - Hora do show, baby!!!!!!! Eu tenho tempo até a hora do check in no aeroporto...
- Oi bocó basqueteiro! Olha quem está de volta?
A hora que vc tiver online me escreve de volta tá, eu prometo que
não vou zuar mais o seu laptopzinho, EU JUROOOO - Lucie digitava
uma mensagem no ICQ®.
Ela adorava mexer com os computadores alheios, utilizar o
seu QI hackeando grandes empresas. E assim, quando ganhou o laptop,
ela achou que o seu trabalho seria algo secreto, mas dentro dos seus padrões
de missões. Mal sabia ela o que a esperava em Washington.
Val atendeu o telefone que não parava de tocar. Ela tentava não se desconcentrar de seu trabalho. Apesar do grande número de arquivos, relatórios, ela não tinha conseguido pegar tudo sobre o mafioso. Ela sabia que precisava de mais fontes de informações. O celular continuava berrando. Depois de mais de meia hora do celular tocando, ela resolveu atender.
- Qualé, porra???
- Aqui é o Kyle
- Que que foi? – disse ela, demonstrando que não estava muito feliz com a ligação.
- To te atrapalhando?
- Não imagina.. eu aqui, cheia de coisas pra fazer e você não está me atrapalhando, pelo contrário, sabe foi até bom ouvir a sua voz e me desconcentrar. Espero que seja algo importante ou eu juro que vou ficar muito chateada com você – disse ela acalmando um pouco a voz.
- É a Celly ... – ele disse com voz mansa
- O Que tem ela? – perguntou Val, se levantando em um pulo – me diz Ky, o que houve com ela??
- Não sei.. – ele disse em meia voz.
- Como você não sabe??? Que merda de agente é você que não sabe nem aonde a sua chefe está??
- Eu sei.. você está aí....
- Seu otário!! Imbecil!! Você sabe muito bem que quando eu não estou com vocês a Celly é a chefe!!!!!
- Ah...
- Porra você é loiro ou o quê?
- Não avacalha..
- Como não? Cacete, merda.. me conta direitinho o que aconteceu!
- Foi assim, ela disse que ia ver uma falha na segurança que apareceu enquanto estávamos fora, fazendo a segurança pessoal do presidente e depois ela não mais voltou..
- Sim, e o celular e a Bel? E o Brendan?
- Nem eles sabem.
- Onde foi a última vez em que vocês a viram? – ela perguntou aflita
- No Moquee´s , ela.... – Kyle não terminou a frase. Val já havia delisgado o telefone. Ele sabia que ela provavelmente havia saído do quarto. Calculou uma meia hora para ela chegar lá. Ele desligou o telefone e foi até o Moquee´s.
Val desligou o telefone preocupadíssima. Tentou ligar para Celly,
mas ninguém atendia. Sentiu um frio na barriga. Se fosse ela, seria
normal, já que Val sempre fora um pouco irresponsável quanto
ao dizer onde estava, mas Celly não. Celly sempre dizia onde estava
e quando voltava. Val tirou o pijama e colocou um abrigo azul com um gato
na frente. Val sempre fora fascinada por gatos. Os adorava, mas nunca pudera
ter um. Sua tia era extremamente alérgica e mesmo sabendo disso,
certa vez tentara dar um gato para elas, mas adoeceu e Celly resolveu dar
o animal.
Enquanto se arrumava ela pensava em mil casos que poderiam ter acontecido
com sua prima. Mas ela sentia que não era para ela se preocupar.
Celly era uma das melhores agentes e ela sabia que Celly não se
deixaria pegar. Mas como todo o cuidado era pouco em seu trabalho, ela
resolveu averiguar.
Celly ria quando Kyle contou o acontecido.
- Ela realmente ficou preocupada?
- Sim, quase teve um ataque. Daqui a pouco vai vir. – Kyle disse – tem certeza de que ela vai vir aqui?
- Você disse que desapareci aqui, não foi? – Kyle fez um sinal afirmativo com a cabeça – pois então. Tenho certeza de que ela vai aparecer. Foi isso que aprendemos. Quando alguém desaparece, devemos procurar desde a última aparição, pois pistas podem ser deixadas sem que ninguém perceba.
- Agora eu entendo porque vocês são as melhores – disse Brendan abraçando Celly pela cintura – já falei com o maître. Não haverá ninguém. Assim que ela entrar, vão fechar o restaurante e daí.. – disse Brendan, dando um tapa nas costas do seu amigo – é por sua conta. Espero que você não faça cagada, hein? Se fizer, você a pode perder para sempre. Você a conhece...
- Isso mesmo – disse Bel, chegando com um arranjo maravilhoso de rosas... azuis – e eu acho que isso vai ajudar, junto com o buquê – disse ela sorrindo.
- Azuis? Você não acha um pouco estranho rosas azuis? – perguntou Kyle .
- Haha! Você não a conhece mesmo, hein? – disse Bel rindo – ela é fanática por azul. Ela adora!!! Já visse o armário dela? Quantas roupas em azul!!!
- É, mas...
- Não tem mas! – disse Bel gritando – seguinte. Ela vai amar e ponto! Até eu estou com pena de deixar essas flores para ela. São tão belas. Justamente por serem exóticas e incomuns, como a doida da Val. Por falar em doida, Celly, por acaso ela já foi internada?
- Quem seria o doido pra internar a doida? – brincou Brendan.
- Acho melhor a gente sumir daqui, que daqui a pouco ela aparece.
Todos correram para pegarem os melhores lugares para que pudessem assistir
o que estava por vir. Kyle, novamente se ajeitou , se sentou na mesa e
esperou.
Lucie chegou no aeroporto de Dallas. Não sabia o porquê
que recebera a ligação pedindo para que ficasse em Dallas
por dois dias.
´Droga! ´, ela pensava , e o pior é que eu esqueci
do celular pra ligar essa coisinha !´. quando chegou no hotel se
surpreendeu novamente com o luxo.
´Tô começando a gostar de trabalhar para o governo,
eles escolher cada lugar!! Prima classe!! ´. O boy a levo até
o seu quarto.
- Nossa! Isso aqui é maior que o meu bairro! – ela deixou
explicar e depois se virou para o boy – valeu garoto! – disse, dando uma
boa gorjeta para o boy que a olhoyu surpreso. Lucie apenas riu ´É
do governo mesmo !!´, pensou. Depois foi até a linda do telefone
e como sempre fazia, fez uma ligação clandestina para
utilizar a internet.
´Vamos garoto ´, falava para si mesma enquanto se conectava
a internet. Finalmente, ela conseguiu. Ligou seus messengers e o seu icq.
´Oi gente ´- ela digitou - ´que bom que estão
todos online! Assim eu tenho mais computadores para brincar!!! ´.
Ela ria com a sua audácia. Ela gostava de mostrar o quanto conhecia
dos computadores. Mas agora ela não estava preocupada com isso.
Ela sabia dos computadores, mas não sabia o que seria feito
com o seu destino. Se sentia impotente. Estava em boas mãos. O governo
não iria dispensar um gênio nos ocmputadores como ela, mas
mesmo assim não se sentia totalmente segura não sabendo para
quem iria trabalhar, ou pior, para o quê.